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Soft & Hard Skills

Atualizado: 2 de out. de 2020


Muito se fala em hard skills e soft skills, mas você sabe o que são?


A minha ideia aqui é falar principalmente sobre as soft skills, mas para isso, precisamos entender as diferenças entre essas habilidades.


Hard skills são as habilidades técnicas não comportamentais, é tudo aquilo que você aprende no ensino formal ou não, trata-se de capacitação e qualificação através da educação formal, dos cursos, da graduação, certificações, estágios, programas de trainees entre outros.

Já as soft skills estão relacionadas ao comportamento humano, ou seja, é um conjunto de habilidades e competências relacionadas ao comportamento do indivíduo. O melhor exemplo de soft skill talvez seja a inteligência emocional, que é a capacidade de lidar bem com as próprias emoções e usar essa energia a seu favor, sem impulsividade que traz arrependimento posterior. Outros exemplos de soft skills são empatia, ética, liderança, habilidade de resolução de conflitos, flexibilidade, resiliência, paciência, comunicação, compaixão...


Cada ser humano é um universo e as soft skills são aprendizados subjetivos, como o pensamento crítico, a positividade e a capacidade de tomada de decisão. O mais importante a saber sobre isso é que, mesmo quando o indivíduo não demonstra ter determinada habilidade, ele pode desenvolvê-la.

O comportamento humano é mutável, habilidades podem ser adquiridas ao longo do tempo.

E é neste contexto que uma experiência no exterior e um intercâmbio podem ajudar e contribuir no desenvolvimento dessas habilidades.


Na verdade, o intercâmbio funciona como um acelerador do processo. Vivendo em um país estrangeiro você conviverá com a família hospedeira, com a comunidade escolar e também com a sociedade local, experimentará a vida como estudante regular (no caso dos acadêmicos) e fará amigos de diversas nacionalidades. Esse conjunto de experiências produz resultados que vão muito além do aprendizado da língua estrangeira.

Desta forma, é possível adquirir habilidade para ir e vir de qualquer lugar do mundo, conviver e transitar em diferentes culturas, compreender perspectivas globais, além do amadurecimento pessoal e do desenvolvimento de autonomia para enfrentar obstáculos da vida cotidiana.

O programa de intercâmbio que acredito ter um maior impacto é o High School. Este programa acontece na adolescência, entre os 14 e os 18 anos, em uma fase da vida em que fazer amigos é importante, a curiosidade toma conta e uma vontade imensa de descobrir o novo. Costumo dizer que nesta fase da vida, o adolescente é como uma esponja absorvendo conhecimento e experiências para adquirir independência, maturidade, descobrir talentos e superar inseguranças, medos além de desenvolver a tolerância.

Para quem não tem não dispõe de um ano acadêmico existem programas mais curtos, os chamados mini High Schools , com duração entre 1 mês e 3 meses.


Mas se você já passou da adolescência, não se preocupe, existem vários outros programas para jovens e adultos desenvolverem suas habilidades em uma experiência internacional.


Os cursos de idioma, por exemplo, além do aprender um novo idioma você precisará se esforçar para se adaptar ao novo contexto, a nova rotina, nova cultura, se sentirá exposto na sala de aula ou ao tentar se comunicar com os nativos em atividades simples como ir ao supermercado e é assim que você descobre que arriscar-se faz parte do processo.

Não importa se é por um mês ou 1 ano, o importante é ir, ver, vivenciar, aprender e compartilhar conhecimento.


Os cursos de graduação no exterior também são desafiadores e uma fonte imensa de experiência. O simples fato de ter o seu application aceito em universidades no exterior já é uma experiência gratificante. Fazer pesquisas e defender uma tese em outro idioma em frente uma bancada de professores estrangeiros, conciliar vida acadêmica com vida pessoal, lidar com a convivência no campus, fazer o estágio em uma outra cultura para conseguir se formar ... Quantos desafios você terá que vencer para conseguir fazer tudo isso com desenvoltura?


Para os maiores de 18 anos é possível fazer um programa de voluntariado no exterior e, claro, não preciso dizer que você precisará desenvolver ou exercer muito empatia, altruísmo e solidariedade para fazer um programa como este. O impacto desta experiência nos muda para sempre.


Pensando nos futuros processos seletivos e entrevistas de emprego pelos quais você passa ou passará, muito provavelmente além da sua formação, muito provavelmente você perguntado pelos seus hobbies, se pratica algum esporte, se já fez um intercâmbio ou mesmo se toca algum instrumento. Isso demonstra que não apenas suas habilidades técnicas são avaliadas, mas também as habilidades sociais.

Em uma competição cada vez mais acirrada entre homens e máquinas, em uma sociedade em que cada vez mais vê-se a inteligência artificial presente, o futuro profissional precisa saber aproveitar as vantagens de ser um Humano, afinal de contas qualquer celular já sabe muito mais “conteúdo decorado” que todos nós. É preciso mostrar ao mercado motivos para contratar um jovem ao invés de desenvolver um novo software.


Cada vez mais se faz essencial saber quem é você, suas reais habilidades, o que te diferencia e o que pretende ser.


O futuro é contato, contato humano.


E deixo para sua reflexão uma pergunta: quais habilidades você tem que nenhum computador no mundo é capaz de substituir?


Beijos da Pê.

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